26.Novembro.2021
Cultivada há milhares de anos, a também chamada árvore da vida é considerada símbolo de paz entre os homens
Cultivada em 56 países, em todos os continentes, a oliveira tem, desde 2016, um dia para ser celebrada. A data de 26 de novembro foi instituída pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), órgão subordinado à ONU e encarregado de gerir o Convênio Internacional do Azeite de Oliva. A árvore é símbolo universal de paz e harmonia, tendo, inclusive, uma coroa de ramos de oliveira estampada na bandeira das Nações Unidas.
Uma das propostas da comemoração é a de reforçar os benefícios que uma dieta rica em azeite traz à saúde das pessoas, uma vez que a árvore produz a azeitona, fruto de onde é extraído o azeite de oliva, um dos óleos mais saudáveis do planeta e item indispensável na cozinha. Além disso, a oliveira contribui para o desenvolvimento econômico de muitos países e para a preservação dos recursos naturais sustentáveis. Evita a desertificação, protege contra a erosão e tem potencial para aumentar a captação de carbono pelo solo.
“As oliveiras são um agente contra o aquecimento global e têm um balanço de carbono positivo, pois retiram mais CO2 da atmosfera do que o emitido durante o processo de produção do azeite”, afirma Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva). “Além disso, essas árvores de simbologia tão positiva, com raízes no Mediterrâneo, fornecem empregos, segurança e recursos naturais para comunidades rurais em todo o mundo”, complementa o dirigente.
Estudos comprovam que o consumo diário de azeite extravirgem traz algumas vantagens ao corpo humano. Obtido na primeira prensagem do fruto, é um alimento com características funcionais que, pela presença de antioxidantes, fortalece o sistema imunológico. Possui vitaminas, minerais e é fonte de vitamina E. Rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a elevar o HDL (colesterol "bom") e a reduzir o LDL (colesterol "ruim").
A olivicultura no Brasil
O Brasil importa 98% dos cerca de 70 milhões de litros de azeite que consome, ou seja, há muito espaço para avançar na produção. Atualmente, as maiores áreas de cultivo estão no Rio Grande do Sul, que representa 70% da produção nacional de azeites, e na Serra da Mantiqueira, especialmente Minas Gerais. Novos plantios também se espalham por outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Bahia. Entre as dezenas de variedades cultivadas, a koroneiki e a arbequina são as mais plantadas e vêm se destacando pela adaptação ao clima e ao solo. O setor está em franca expansão, com crescimento que supera os 30% ao ano. Além de azeite de oliva, os produtores estão diversificando o mix de produtos, como chocolates, chás, produtos de beleza e itens de madeira.
Nos olivais gaúchos, a floração deste ano já encerrou e o momento é de pegamento do fruto. As próximas seis semanas serão decisivas para os produtores terem expectativa de colheita para 2022. A torcida é que para que o clima ajude, com chuvas suficientes para garantir, a partir do mês de março, uma boa colheita de azeitonas. E repetir produção da safra passada, quando foi alcançada a marca histórica de 202 mil litros de azeite extravirgem.
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