21.Agosto.2020
Roteiro pelos olivais gaúchos inclui visita a pousada e olivais em Caçapava do Sul, Bagé e Pinheiro Machado
As baixas temperaturas e a ocorrência de neve na região Sul do país têm ajudado a impulsionar o olivoturismo no Rio Grande do Sul. Tanto, que nesta sexta-feira (21), um grupo de turistas vindos de Minas Gerais desembarcou no aeroporto de Bagé para um tour de três dias percorrendo os olivais gaúchos.
O primeiro destino será o município de Pinheiro Machado, lá o grupo vai visitar a Fazenda Guarda Velha, onde é produzido o premiado azeite Batalha. Além de conhecer o olival, os turistas terão oportunidade de desfrutar um assado de cordeiro, criados às sombras das oliveiras.
Após, o roteiro segue com o deslocamento do grupo para o município de Caçapava do Sul, onde eles irão se hospedar na Pousada Vila do Segredo, instalada próxima a Serra do Segredo. O local, além de oferecer uma paisagem única do Pampa gaúcho, possibilita experiências gastronômicas com os azeites gaúchos e passeio pelos pomares de oliveiras. “Com a Rota percebemos a importância de se ter estrutura de hotelaria para viabilizar o olivoturismo no estado, e a Pousada Olival Vila do Segredo foi pensada para isso”, destaca Renato Fernandes, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e proprietário da Pousada.
Ainda em Caçapava do Sul, o grupo faz uma visita a fazenda Seival, onde degusta os pratos preparados pelo chef Richard Richter com o azeite de oliva gaúcho.
O tour pelos olivais gaúchos encerra no domingo com uma visita à Fazenda de Azeites Prosperato, onde o grupo de turistas mineiros serão recebidos com um almoço tendo a oportunidade de contemplar a linda Pedra do Segredo. O roteiro foi montado pela agência de turismo mineira Lüve, e contempla parte da Rota das Oliveiras criada no Rio Grande do Sul, em 2019.
A Rota das Oliveiras inclui os municípios de Bagé, Barra do Ribeiro, Cachoeira do Sul, Caçapava do Sul, Camaquã, Candiota, Canguçu, Dom Feliciano, Dom Pedrito, Encruzilhada do Sul, Formigueiro, Hulha Negra, Pantano Grande, Pinheiro Machado, Piratini, Restinga Seca, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul, Santana do Livramento, São Gabriel, São João do Polesine, São Sepé, Sentinela do Sul e Vila Nova do Sul, que têm atuação expressiva no cultivo e no beneficiamento das oliveiras.
O estado, pioneiro na introdução das oliveiras no Brasil, se destaca na produção nacional. Municípios da metade Sul do estado apresentam condições edafoclimáticas propícias para o desenvolvimento do fruto. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura, Paulo Marchioretto, 75% do azeite de oliva consumido no Brasil provém do Rio Grande do Sul.
“Temos o compromisso de impulsionar a olivicultura no Estado. Além da importância para o mercado gastronômico, a produção de azeite e o cultivo das oliveiras se tornam um atrativo turístico, promovido pela Rota das Oliveiras”, afirma.
No Rio Grande do Sul, existem 35 marcas de azeite registradas. A olivicultura no estado tem grande potencial de expansão e já cresceu de 80 hectares em 2006 para mais de 6 mil hectares em 2020, cultivados por mais de 300 produtores em 65 municípios. De acordo com o Ibraoliva, a expectativa é de que, até 2025, o Brasil conte com 25 mil hectares plantados de olivas.